Univaja diz que há terceiro preso no caso Dom e Bruno, mas PF nega e diz que investiga mais dois suspeitos

(Ricardo Oliveira/Agência Amazônia)

16 de junho de 2022

15:06

Eliziane Paiva — Da Agência Amazônia

MANAUS — O procurador jurídico da Univaja, Eliésio Marubo, mencionou em live pela rede social Instagram, na noite dessa quarta-feira, 15, que um terceiro suspeito pelo desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dominic Phillips foi preso, mas que não tem conhecimento do nome do suspeito.

As investigações seguem em segredo de Justiça. Entretanto, o superintendente da Polícia Federal do Amazonas (PF-AM), Eduardo Alexandre Fontes, afirmou, em conversa com a Agência Amazônia, que nenhum outro suspeito foi preso.

“Estamos em busca de outros suspeitos que temos certeza que participaram do evento criminoso. Temos mais dois suspeitos sendo investigados, mas não prendemos ninguém”, disse, ao ressaltar que a informação da Univaja não procede.

Em um momento anterior ao pronunciamento do procurador, Fontes informou, em entrevista coletiva ainda na noite dessa quarta-feira, 15, que há fortes indícios sobre os executores a serem confirmados, e que “mais prisões podem acontecer em breve”, mas até o momento apenas Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, que confessou o assassinato, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, estão presos por participação no crime. 

Investigações do caso

Durante a coletiva, o superintendente afirmou que “Pelado”, preso desde a semana passada, colaborou com a reconstituição do crime, indicou onde havia enterrado os corpos e onde afundado o barco dos dois. No local, foram encontrados “remanescentes humanos” e acrescentou que apenas uma perícia poderá esclarecer a real causa da morte das vítimas. 

A Polícia Federal não informou como o assassinato do indigenista e do jornalista inglês foi planejado. Apesar de “Pelado” ter assumido participação no crime, não ficou esclarecido se há um mandante. As investigações tramitam em segredo de Justiça. Na entrevista, ele se limitou a dizer que houve um “embate” com “disparo de arma de fogo”.