Universidade Federal do Amazonas oferta auxílios para alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica

Fachada da Universidade Federal do Amazonas, em Manaus (Reprodução)

20 de fevereiro de 2023

20:02

Gabriel Abreu – Da Agência Amazônia

MANAUS – Após uma reportagem do jornal O Globo mostrar que a estudante amazonense Rilary Castro, de 18 anos, do município de Itapiranga (a 227 quilômetros de Manaus), não teria condições de arcar com os estudos em Manaus, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) informou nesta segunda-feira, 20, por meio de nota, que o Departamento de Assistência Estudantil (Daest) possui editais de apoio a alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Rilary Castro alcançou a nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio 2022 (Enem). A jovem pretende cursar Engenharia Civil. Ela está entre os 24 alunos da rede pública de todo o Brasil a alcançar a nota 1.000 e também foi aprovada no último vestibular da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) para o curso de Engenharia de Materiais. Ela sonha em cursar, na Ufam, Engenharia Civil.

Entre os auxílios estão: acadêmico, moradia, residência universitária, inclusão digital, creche e material acadêmico de alto custo. Entre os objetivos do suporte financeiro está garantir a permanência do estudante na universidade. O posicionamento da Ufam reitera, ainda, que a instituição possui nove Restaurantes Universitários (RUs), ofertando refeição subsidiada à comunidade discente e gratuidade no café, almoço e jantar aos alunos que recebem os auxílios.

Por fim, encerra informando que a instituição de ensino possui “compromisso com a ciência, educação e responsabilidade social”, finaliza a nota. As aulas dos calouros (semestre 2023/1) iniciarão em 24 de julho de 2023 e a matrícula institucional é totalmente online, não havendo necessidade do aprovado se deslocar até Manaus para se tornar parte de nosso corpo discente.

Universidade Federal do Amazonas (Reprodução)

Dedicação

A estudante Rilary Castro contou, ainda, que intensificou os estudos na reta final dos vestibulares e usava os intervalos das aulas para aprimorar ainda mais os seus conhecimentos. “Eu estudava em tempo integral e, nos intervalos das aulas, continuava estudando. Além disso, ao chegar em casa, descansava por algumas horas e logo retomava a rotina“, explicou a jovem.

Rilary Castro, da Escola Estadual Tereza da Silva Leal, de Itapiranga (AM) (Divulgação/Secom)

A prática levou a estudante a alcançar nota máxima em redação, que em 2022 teve como tema: “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil“. A prova foi aplicada nos dias 13 e 20 de novembro de 2022 para mais de 5 milhões de jovens no Brasil.

A estudante disse que o irmão mais velho foi o primeiro da família a ingressar na universidade pública e que sempre estudou para ingressar no ensino superior. Segundo ela, mesmo com todo estudo, disse ter ficado surpresa ao saber do desempenho que teve na redação.

Eu estou muito surpresa, não estava esperando essa nota. A minha ficha ainda não caiu. Eu estudava muito, mas nunca imaginei que pudesse alcançar essa nota. Eu e minha família estamos muito felizes”, comemorou.