07 de agosto de 2023
14:08
Ívina Garcia – Da Agência Amazônia*
MANAUS (AM) – O governador do Amazonas em exercício, Tadeu de Souza (Avante), avaliou as declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), como estratégias políticas, visando o pleito presidencial de 2026 e afirmou que o Estado não está preocupado com o levante político do Sul e Sudeste. A declaração foi dada nesta segunda-feira, 7, à REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA, após uma coletiva de imprensa para a entrega da unidade do Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (Sapem).
“Para ser sincero, temos muita coisa para nos preocupar agora, além disso. Vamos deixar isso para o período eleitoral. Romeu Zema quer se classificar como possível ‘player’ (jogador) para a eleição de 2026 e está fazendo o papel dele”, declarou Tadeu em resposta à CENARIUM.
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Segundo ele, Zema “está fazendo o papel dele”, ao tecer críticas contra as políticas ambientais e de apoio do atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aos consócios criados entre os governadores do Norte e Nordeste. Em entrevista ao Estadão no sábado, 5, Zema usou uma analogia para dizer que o governo federal não tem dado devida atenção ao Sul e Sudeste, chamando as regiões Norte e Nordeste de “vaquinhas que produzem menos”.
“E o Sul e o Sudeste não têm pobreza? Aqui, todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade…Tem, sim. Nós também precisamos de ações sociais. Se não você vai cair naquela história do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito. Daqui a pouco, as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento“, declarou o governador de Minas Gerais, sobre a criação do Consórcio Sul-Sudeste (Cossud).
Zema faz parte do mesmo bloco partidário de direita no qual o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), faz parte. Porém, diferente do mandatário do Amazonas, Romeu adota uma posição crítica ao atual governo, em uma estratégia para se tornar o sucessor de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível por oito anos.
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Tadeu está como governador interino, enquanto Wilson Lima (União Brasil) cumpre agenda na Cúpula da Amazônia, em Belém, no Pará, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e outras autoridades. O evento reúne os chefes dos oito países amazônicos, além dos governadores locais, para debater sobre crise climática, povos indígenas, economia verde e preservação ambiental.
“Pessoalmente, eu acho que isso é um problema político. Assim, a gente está no primeiro ano do segundo mandato e a gente nem tem tempo para se preocupar com esses embates e confrontos do campo político-partidário“, pontuou.
