Visibilidade Trans: conheça nomes da comunidade ‘T’ que usam a internet para promover pluralidade e respeito

A AGÊNCIA AMAZÔNIA traz três dos inúmeros nomes que contribuem na disseminação de conhecimento, informações e promoção do respeito à pluralidade (Reprodução/Internet)

29 de janeiro de 2023

16:01

Priscilla Peixoto – Da Agência Amazônia

MANAUS – Na data de 29 de janeiro é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A comunidade que mais sofre violência dentre a população LGBTQIA+, no Brasil, reserva este dia para enfatizar existência, resistência, luta por direitos e rememora o ano de 2004, quando um grupo de ativistas da comunidade “T” manifestou o incentivo ao respeito entre as pessoas de diferentes gêneros.

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A luta pelo reconhecimento de direitos, espaço, inclusão e contra a violência sofrida na sociedade é diária, sendo assunto que integra a lista de abordagens de ativistas e influenciadores trans que usam a internet como ferramenta de combate contra a invisibilidade. A REVISTA CENARIUM traz três dos inúmeros nomes que contribuem na disseminação de conhecimento, informações e promoção do respeito à pluralidade.

Giovanna Heliodoro (@transpreta)

A historiadora e comunicadora Giovanna Heliodoro, popularmente conhecida Transpreta, usa a internet para compartilhar dados, vídeos educativos, dicas de leitura e informações que auxiliam no combate ao preconceito não só da comunidade ‘T’, mas de toda a população LGBTQIA+, além de abordar a questão do racismo. Tudo de forma didática e com pitadas de bom humor.

Dandara Maria (@afrotransfeminista)

A escritora Dandara Maria também aborda a temática gênero e sexualidade. Apresentando-se nas redes sociais como mulher negra, trans e lésbica, a afrotransfeminista compartilha postagens e escritos sobre raça e importância da construção de um transfeminismo negro. Dandara reforça a necessidade de reconhecimento e valor das falas trans serem ouvidas e ocuparem os mais variados espaços na sociedade.

Gabriela Augusto (gabriela.aug)

Fundadora da  Transcendemos, empresa de consultoria que promove diversidade e inclusão nas organizações, Gabriela Augusto é formada em Direito e autora do livro “Manual Empresa de Respeito”. Gabi usa as plataformas para falar de inclusão, pluralidade e promover consciência quanto à necessidade da integração de pessoas trans no mercado de trabalho.

Dados atuais

Conforme os dados publicados no último dia 27 de janeiro pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), por meio do Dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras, em 2022, pelo menos, 151 pessoas trans foram mortas, no Brasil, sendo 131 casos de assassinatos e 20 pessoas trans suicidadas.

Em números absolutos, Pernambuco foi o Estado que mais matou a população trans, em 2022, com 13 assassinatos, saindo da quinta posição para assumir o primeiro lugar; seguido de São Paulo, que caiu da primeira para a segunda posição e do Ceará, que saiu de quarto para terceiro, em 2022, com 11 casos cada. Minas Gerais manteve os nove casos do ano anterior e o Rio de Janeiro, que teve 12 assassinatos em 2021, fechou 2022 com oito. Amazonas teve oito casos e a Bahia sete. Paraná, Pará e Espírito Santo tiveram seis assassinatos cada; Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Sergipe, com cinco casos cada. Seguidos de Alagoas, Paraíba e Maranhão, com quatro assassinatos em cada Estado e o Rio Grande do Norte, com três. Tivemos, ainda, dois casos no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Distrito Federal. Um assassinato em Rondônia, no Piauí e em Roraima”, consta um trecho do dossiê.

O relatório aponta ainda que, pelo segundo ano consecutivo, em Tocantins, não foram encontrados casos reportados. Nos Estado do Acre e Amapá também não houve registros, e conforme o dossiê, São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro permanecem como os Estados que sempre ocuparam posições entre os cinco Estados que mais assassina pessoas trans do Brasil.

Leia o relatório na íntegra:

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