02 de abril de 2024
14:04
Marcela Leiros – Da Agência Cenarium
MANAUS (AM) – Mais 207 famílias foram reassentadas pelo Governo do Amazonas nesta terça-feira, 2, no âmbito do “Amazonas Meu Lar”, programa que oferece soluções em moradia para famílias de baixa renda ou que residem em áreas de risco em Manaus e no interior. As famílias beneficiadas são residentes das comunidades da Sharp e Manaus 2000, nas zonas Leste e Sul da capital amazonense, respectivamente.
O programa tem como meta oferecer 24.044 soluções de moradia e regularizar 33 mil imóveis, até 2026. Entre os benefícios estão entrega de lotes, apartamentos, indenizações, bônus, soluções transitórias, o retrofit —a que ainda será implementado — , regularização fundiária e entrega de títulos. A proposta é reassentar 2.100 famílias, das quais pelo menos 1.200 já foram reassentadas.
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Governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil) explicou que além de retirar as famílias das áreas de risco, o governo também faz intervenções para evitar inundações e desastres como os registrados em 2023. As áreas recebem as melhorias propostas no Programa Social e Ambiental de Manaus e do Interior (Prosamin+), que promove a recuperação e preservação dos igarapés, além de melhorar a qualidade de vida da população.
“À medida que nós vamos retirando aquelas famílias, a gente vai entendendo qual é o anseio dessa família. Ela quer esperar um apartamento? A gente vai pagar o aluguel social. Se ela já quiser o pagamento pela indenização da casa, a gente já paga aqui a indenização da casa dela e aí ela usa esse dinheiro para dar entrada no apartamento, numa outra casa, enfim, ela já tem outra perspectiva de vida”, explicou.
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Recursos
A seleção das famílias inicia no cadastro, feito no site do Amazonas Meu Lar. À medida que as unidades habitacionais ficam prontas e as indenizações são autorizadas, assim como a entrega de lotes, uma equipe do governo vai à casa das famílias para avaliar se as informações condizem com os cadastros. Se estiver tudo regular, a família torna-se elegível.
Uma dessas famílias foi a da aposentada Maria de Fátima Muniz dos Santos, que reside há 29 anos na Comunidade da Sharp. Emocionada, ela compartilhou a felicidade de ter uma oportunidade de mudar de vida.
“Todos esses anos que eu morei lá foram só sofrimento, mas agora chegou a oportunidade que Deus nos deu e eu estou muito feliz”, declarou. “Porque eu fui uma sofredora, não só eu como todos que moraram comigo alguns tempos, mas está tudo bem agora”.
O investimento do programa é estimado em R$ 4,7 bilhões. Os recursos incluem operações de crédito junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao Banco do Brasil, operação feita pela Caixa Econômica Federal (CEF), incluindo o Programa Minha Casa Minha Vida.