01 de novembro de 2023

21:11

Mayara Subtil – Da Agência Cenarium Amazônia

BRASÍLIA (DF) – O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, sinalizou nesta semana que na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada em dezembro, nos Emirados Árabes Unidos, poderão ser anunciadas novas linhas de financiamento com foco no desenvolvimento sustentável na Amazônia.

Tudo isso sob o guarda-chuva da Coalizão Verde, iniciativa criada na Cúpula da Amazônia, em agosto passado, em Belém, para promover soluções financeiras e condições de fortalecimento de atividades produtivas locais. 

Em audiência na Comissão de Meio Ambiente do Senado para tratar dos propósitos e bases operacionais da coalizão, Mercadante disse que a meta da iniciativa é chegar aos R$ 100 bilhões. “Imagino que vamos ter um saldo importante na nossa coalizão e a nossa meta é chegar aos R$ 100 bilhões em oferta”, disse. O chefe do BNDES, porém, não detalhou como alcançará esse montante. 

O BNDES, em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial e outras 19 instituições financeiras dos países amazônicos, articulou a coalizão mirando na criação de linhas de financiamento. Até o momento, foi anunciado o valor de R$ 4,5 bilhões para operações de crédito com microempreendedores individuais, além de micros, pequenas e médias empresas da Região Norte.

Ainda durante a sessão com os senadores, Mercadante citou que algumas linhas de financiamento tiveram sinal verde para garantir infraestrutura logística de cidades como Belém, escolhida para sediar a COP30 em 2025.

“Já anunciamos para os governos dos Estados da Amazônia R$ 6 bilhões em financiamento aprovados e que já estão em fase de contratação. E, no caso do Pará, R$ 3,2 bilhões já foram aprovados para a preparação da COP. Então, o que nós estamos financiando são projetos estruturantes, projetos que vão deixar legados”, declarou.

As áreas de trabalho da coalizão também envolvem melhorar a renda, a segurança, o saneamento, a saúde e a educação da região, assim como habilitar infraestrutura verde e promover transição energética, conservação e restauração do bioma. Nas palavras de Mercadante, a coalizão quer trabalhar para frear os efeitos das mudanças climáticas.

“Precisamos abandonar a ideia de que não há crise climática. As crises climáticas já estão contratadas. Nós precisamos é evitar coisas piores. O que precisamos fazer é discutir meios para frear isso”, disse Mercadante.

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Editado por Jefferson Ramos

Revisado por Adriana Gonzaga