Educadores do Amazonas vão à Justiça contra retorno de aulas presenciais no próximo dia 10

Presidente do Sinteam, Ana Cristina, defende que aulas continuem de forma à distância (Divulgação)

30 de julho de 2020

12:07

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) informou nesta quinta-feira, 30, por meio de nota, que ingressará com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) para impedir o retorno das aulas presenciais no Estado, anunciadas para o dia 10 de agosto.

O Sinteam defende que aulas continuem de forma à distância, para prevenir o risco de contágio em massa da pandemia do novo Coronavírus nas escolas, em decorrência da aglomeração dos estudantes.

Com a finalidade de adiar a volta às aulas presenciais, no dia 10 de julho, o sindicato pediu apoio do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) para acionar o Governo do Estado e a Prefeitura de Manaus. O Sinteam pede ainda o cumprimento de protocolos de proteção determinados pelos órgãos competentes. Segundo os professores, ainda não houve resposta.

De acordo com a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, não há estrutura para garantir a segurança sanitária e nem testes suficientes para os trabalhadores da Saúde e para os estudantes. Ela diz que as salas têm, em média, 50 alunos e algumas não têm janelas e a higienização dos aparelhos de ar-condicionados não ocorre.

“Não tem remédio ou vacina e não conhecemos o comportamento desse vírus. É melhor prevenir do que remediar”, finaliza Ana.