07 de fevereiro de 2023
20:02
Iury Lima – Da Agência Amazônia
VILHENA (RO) – Mensagens interceptadas pela Polícia Federal (PF) e pela Gerência Penitenciária do Estado de Rondônia indicam que detentos de presídios da região do Cone Sul planejavam matar agentes de segurança pública. O plano que orquestrava um atentado contra a vida dos servidores públicos foi identificado em dezembro, mas a informação só foi divulgada nesta terça-feira, 7, pela Polícia Federal (PF).
Também nesta terça, a polícia cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Vilhena, Cerejeiras e Colorado D’Oeste, todas distantes mais de 700 quilômetros da capital Porto Velho. A operação recebeu o nome de Salutis, em referência ao termo do latim “salus”, que remete à salvação e ao afastamento do perigo.
Comunicação externa
De acordo com a polícia, os presos recebiam ordens de uma facção criminosa instalada na capital do Estado e as passavam adiante. Mensagens saíam de dentro dos presídios, para contatos do lado de fora, escondidas em livros literários, ou seja, “escritas em sublinhas”, como detalha a polícia.
“Esses faccionados pretendiam transmitir mensagens e comandos para fora do sistema prisional para que assim os agentes do Estado fossem executados por faccionados que estão em liberdade”, esclarece a PF.
Depois de identificar a comunicação externa dos detentos, a Polícia Federal ingressou na Vara Criminal de Cerejeiras (RO) visando a busca e apreensão nos endereços vinculados aos investigados. O objetivo, segundo a PF, é encontrar novas provas e desarticular o grupo criminoso.
A PF não detalhou quantos servidores foram ameaçados pelo plano de atentado. Também não especificou em quais municípios os servidores estão lotados.