Federação Rede-Psol vai lançar candidatos a prefeito e vereador em Manaus

O presidente estadual da Federação Rede-Psol, Tácius Fernandes (Ricardo Araújo/Agência Cenarium)

01 de abril de 2024

22:04

Ricardo Chaves – Da Agência Cenarium

MANAUS (AM) – A Federação Rede-Psol no Amazonas vai lançar candidatos a prefeito e a vereador em Manaus, no Amazonas, nas eleições municipais de 2024. O anúncio foi feito durante a cerimônia de posse da nova direção dos partidos no Estado, na tarde desta segunda-feira, 1º. O encontro foi realizado no Impact Hub, localizado na Zona Sul da capital amazonense.

O novo presidente estadual será Tácius Fernandes, da Rede Sustentabilidade, que substitui Rodrigo Araújo, também é filiado à sigla. A partir de agora, os partidos políticos irão começar as discussões para definir a tática eleitoral que será adotada no pleito eleitoral, principalmente em Manaus. 

Fernandes explicou que o momento é de diálogo com os partidos do campo de esquerda. O dirigente partidário não descarta a possibilidade do grupo político apoiar uma possível pré-candidatura de um nome apontado pela federação partidária Brasil da Esperança composta por PT, PCdoB e PV. Para ele, o nome escolhido precisa unificar ambos os grupos políticos. 

Novo presidente estadual da Federação Rede-Psol, Tácius Fernandes (em pé) defende pré-candidato que unifique campo progressista (Ricardo Chaves/Cenarium)

“Queremos apresentar um projeto. Se o PT não apresentar um nome que possa realmente unificar a esquerda, a Rede e Psol com certeza terá um candidato”, declarou. O dirigente completou afirmando que, no momento, quem une os grupos são os nomes de Anne Moura, secretária Nacional de Mulheres do PT, e do ex-deputado federal José Ricardo. 

De olho no processo eleitoral na capital, o Psol lançou três pré-candidatos à Prefeitura de Manaus. Os advogados Marcelo Amil e Natália Demes, além do locutor Thomaz Barbosa. Já a Rede Sustentabilidade não apresentou nomes e foca na Câmara Municipal de Manaus (CMM). A sigla concentra esforços em construir uma chapa competitiva e apostas as fichas na liderança indígena Vanda Witoto e no professor da rede pública Gabriel Mota. 

Psol-Rede começam discussão sobre tática política em Manaus e no interior do Amazonas (Ricardo Chaves/Cenarium)

De acordo com o presidente da federação no Estado, é preciso apresentar à sociedade candidatos que sejam do campo progressista e que possam defender o legado do presidente Lula (PT). “Precisamos conversar com todos com o campo de esquerda. Não podemos deixar ter seis  pré-candidatos de direita [em Manaus] e nenhum da esquerda. O Amazonas precisa de fato ter candidatos que de fato preguem o campo progressistas e defendem o legado do presidente Lula”, afirmou.

Alianças 

O evento contou com a presença da pré-candidata à Prefeitura de Manaus, Anne Moura, secretária de Mulheres do PT Nacional. Ela explicou que foi convidada por integrantes da federação para participar do ato político. Sobre uma possível aliança, ela não descarta, mas dependerá de como o cenário será desenhado. 

“O futuro sempre é possível. Já tivemos uma aliança em 2020 e seria natural manter um alinhamento com o cronograma. O quanto antes definirmos o nome com toda certeza essa federação terá um caminho para ser dialogado”, explicou.

Direção

Tácius Fernandes é graduado em História pela Universidade Federal do Amazonas e começou a militância no Movimento Estudantil. Presidente do Centro Acadêmico de História, coordenador do DCE, dirigente da União Estadual dos Estudantes (UEE), ele também é fundador da Rede Sustentabilidade. Foi porta-voz da Rede Amazonas, coordenador de Organização, Coordenador Executivo por dois mandatos da Rede. Veja demais nomes da direção abaixo.

  • Presidente: Tácius Fernandes da Silva (Rede)
  • Vice-Presidente: Rodrigo de Siqueira Cavalcanti Araújo (Rede)
  • Secretário Executivo: Efraim Menezes de Lima Costa (Rede)
  • Primeira Tesoureira: Ana Milena Souza Marulanda (Rede)
  • Segunda Tesoureira: Mena Bianca (Psol)
  • Coordenação executiva:
    Vanderlécia Ortega dos Santos (Rede)
    Amanda Souza (Psol)
    Thomás Barbosa (Psol)
    Marivelton Rodrigues Barroso (Rede)
Eleições

Apesar do primeiro turno das disputas municipais ser apenas em 6 de outubro, e eventual segundo turno no dia 27 do mesmo mês, o calendário eleitoral já começou a valer desde a virada do ano. De acordo com a Lei 9.5014/1997, durante a chamada pré-campanha — período que vai até 16 de agosto, quando tem início oficialmente a propaganda eleitoral — a menção à pretensa candidatura e a exaltação das qualidades pessoais não configuram propaganda antecipada, desde que não haja pedido explícito de votos.

Pré-candidatas e pré-candidatos também podem participar de entrevistas, programas, encontros ou debates em rádio, televisão ou internet, inclusive com a exposição de projetos políticos. Nessa situação, emissoras de rádio e de televisão devem conferir tratamento isonômico aos participantes.

A lei ainda libera a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e custeados pelos partidos, para tratar da organização dos processos eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação intrapartidária. Além disso, é permitida a realização de prévias partidárias, a divulgação dos nomes de filiadas e filiados que participarão da disputa e a realização de debates.

Sem pedido de votos, podem ocorrer divulgações de atos de parlamentares e debates legislativos e de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais. Também não é considerada propaganda eleitoral antecipada a realização, pelos partidos políticos, de reuniões, por iniciativa da sociedade civil, de veículo de comunicação ou do próprio partido, para divulgar ideias, objetivos e propostas.

Leia mais: ‘Sinto-me representada’, diz advogada indígena após filiação no partido Rede Sustentabilidade
Editado por Adrisa De Góes