15 de junho de 2023
15:06
Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium*
BELÉM – O festival internacional ‘Chocolat Xingu’ chega a sua segunda edição em Altamira, sudoeste do Pará, nesta quinta-feira, 15, e vai até o domingo, 18, no Centro “Vilmar Soares”. O evento confirma a consolidação do Estado como maior produtor nacional de cacau, com um movimento de R$ 3,5 bilhões ao ano, mais de 50% superior ao do restante do Brasil.
Os dados são da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que monitora a produção paraense, que há mais de uma década, vem passando por transformações nas regiões do Xingu e Transamazônica e, consequentemente, em todo o Pará.
A proposta da organização é apresentar uma vitrine que envolve marcas fortes compromissadas com o desenvolvimento sustentável, por meio do agronegócio, do turismo de eventos, da releitura gastronômica e da riqueza e representatividade da cultura da região.
Chocolate indígena sustentável
Durante o festival serão lançados dois chocolates do Xingu: o Chocolate Iawá, da comunidade indígena Iawá, e o Sidjä Wahiü, uma criação da indígena Katyana Xipaya, ambos em parceria com a empresa Cacauway, primeira fábrica de chocolate da Amazônia, implantada em Medicilândia, em 2008, associada da Coooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans), criada em 2010.
O Iawá é um chocolate ao leite que terá uma edição limitada, de 1.733 tabletes de 75 gramas cada, produzidos por indígenas Xipaya e Kuruaya. Já o chocolate Sidjä Wahiü (que significa “Mulher Forte”) contém 72% de caucau e 15% de frutas secas desidratadas por meio de uma técnica que a agricultora Katyana Xipaya aprendeu com seu avô. Aos 36 anos, ela é mãe, LGBTQIAP+ e moradora da Comunidade Jericoá, na região da Volta Grande do Xingu.