Helder Barbalho perde apoio no segundo maior colégio eleitoral do Pará

O governador do Pará, Helder Barbalho (Reprodução/Governo do Pará)

08 de abril de 2024

23:04

Raisa Araújo – Da Agência Cenarium

BELÉM (PA) – O prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos, aproveitou o último dia para troca de janela partidária, na sexta-feira, 5, para deixar o MDB de Helder Barbalho e se juntar ao PSB. A troca reflete na gestão estadual, que perde um importante aliado no município, que é o segundo maior colégio eleitoral do Pará. Dr. Daniel planeja concorrer à reeleição este ano e é cogitado como possível candidato ao governo do Pará em 2026, quando Helder não poderá se reeleger. 

A trajetória política de Dr. Daniel e Helder Barbalho, considerando que ambos consolidaram as carreiras políticas no município de Ananindeua, foi marcada por alianças estratégicas que, ao longo do tempo, foram se desgastando. Na última campanha eleitoral para o Governo do Estado, o distanciamento entre Daniel e Barbalho se tornou evidente. Enquanto o governador buscava consolidar a base política, o prefeito e a esposa optaram por uma postura mais independente. 

O prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos (Reprodução/PMA)

Para o cientista político, Edir Veiga, o rompimento entre Helder Barbalho e Dr. Daniel aconteceu quando o prefeito não quis negociar a vice-prefeitura com um candidato dos Barbalhos. A partir deste momento, o cientista analisa que o prefeito “busca um partido onde ele possa ter a tranquilidade de concorrer à reeleição e continuar o projeto político no Estado do Pará”, explica.

Estratégias políticas em curso 

Por outro lado, as análises sugerem que o rompimento faz parte de um jogo político mais amplo, com estratégias cuidadosamente planejadas visando a desestruturação de partidos adversários e a consolidação do poder por parte de Helder Barbalho. O controle do MDB em Ananindeua é destacado como um ponto crucial na política.

De acordo com a avaliação de Veiga, para Helder Barbalho é interessantes que o MDB tenha uma trajetória de hegemonia na política paraense a exemplo dos tucanos, que ficaram no poder por cinco mandatos, totalizando mais de 20 anos de poder.

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Editado por Adrisa De Góes