Impulsionado pela construção e serviços a empresas, Pará tem crescimento na economia no segundo trimestre

De modo geral, o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) da região variou 1,5% no segundo trimestre ( Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

02 de setembro de 2022

21:09

Karol Rocha – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Pará teve um crescimento econômico de 1,9% no segundo trimestre deste ano, sendo um destaque da Região Norte pela avaliação do Banco Central (BC). De modo geral, o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) da região variou 1,5% no segundo trimestre, em relação ao trimestre anterior, influenciado pela expansão do setor de serviços. A pesquisa do Boletim Regional do BC avaliou também que a região teve melhor recuperação desde a pandemia da Covid-19.

Com um crescimento significativo, o Pará foi impulsionado pela construção e por serviços às empresas. O Boletim Regional do BC é uma publicação trimestral no qual apresenta as condições da economia por regiões e por alguns Estados do País, divulgada nesta sexta-feira, 2, em Brasília.

Os principais indicadores econômicos da Região Norte evoluíram, positivamente, no segundo trimestre,
resultando na expansão do agregado da atividade no período”
, avaliou o estudo. Já o indicador do Amazonas expandiu 1,7%, influenciado por serviços às famílias, alojamento e alimentação.

Em 12 meses, o indicador de atividade da região acumulou crescimento de 1,7%. O Norte, conforme o levantamento, avançou 3,5% no agregado da pesquisa, sendo a região com maior recuperação desde a pandemia.

Mercado de trabalho

Em relação ao mercado de trabalho formal, as contratações indicaram continuidade na recuperação do emprego, no segundo trimestre, com a criação de postos. No período destacado, o setor de serviços teve saldo líquido de 18,5 mil vagas, conforme destacou o levantamento deste mês. Entre os Estados, sobressaíram Pará, Amazonas e Rondônia, na criação de postos no trimestre.

A taxa de desocupação dessazonalizada recuou de 10,9%, no primeiro trimestre, para 9,0% no
segundo, menor patamar desde o último trimestre de 2015, com aumento na ocupação mais intenso do
que na força de trabalho”
, destacou o boletim.

No segundo trimestre, a produção industrial da região registrou estabilidade, condicionada por recuo na extrativa, com reflexo nas exportações de produtos básicos do Pará, em contraponto à indústria
de transformação, que apresentou expansão.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do Norte, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), atingiu 60,6 pontos em julho, apresentando leve melhora em relação a abril.

Restante do País

Em relação ao restante do País, a região que menos teve avanços na economia é o Sudeste. Segundo o boletim, a economia do Sudeste perdeu ritmo no segundo trimestre, com o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) variando, negativamente, em 0,1% no trimestre, em relação ao trimestre imediatamente anterior (1,6%).

No caso do Nordeste, houve expansão de 1% no IBCR da região, no segundo trimestre de 2022, refletindo a continuidade da retomada do setor de serviços, além do desempenho favorável da agropecuária e da construção civil.

A economia do Centro-Oeste apresentou alta de 2%, se comparado ao trimestre anterior, quando cresceu 1,1%. De acordo com o BC, os destaques da região são para o comércio, a agricultura, a construção civil e os serviços às famílias. Já o IBCR da região aponta que a economia do Sul cresceu 2,8% no segundo trimestre em relação ao anterior (-2,9%).

Veja o estudo completo:

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