Instituições tecnológicas aliam desenvolvimento sustentável à indústria 4.0 na Amazônia

Um dos destaques da visita foi laboratório de inovação Fablab Powered by EcoStruxure (Reprodução/Pim Amazônia)

20 de outubro de 2021

20:10

Priscilla Peixoto- Da Cenarium

MANAUS – Em visita ao Instituto de Desenvolvimento Tecnológico de Manaus (INDT) nesta quarta-feira, 20, a comitiva executiva da líder global em transformação digital e gerenciamento e automação de energia, Schneider Eletric, colocou em pauta a importância de promover o desenvolvimento sustentável com apoio à transformação digital. Um dos objetivos da visita foi a apresentação dos projetos fomentados pelas parcerias entre a empresas, destacando o laboratório de inovação Fablab Powered by EcoStruxure, voltado à capacitação profissional para a indústria 4.0, e novas oportunidades de negócios para a região amazônica.

Para o presidente da Scheneider Eletric no Brasil, Marcos Matias, a parceria com INDT é fundamental uma vez que o laboratório Fablab possiblita ampla capacitação de profissionais, levando tecnologia para economia local. “Para nós é um orgulho ter parceria com Instituto de Tecnologia, porque dentre outras coisas, ele foca nessa área de capacitar as pessoas. É uma empresa capaz de fazer compartilhamento do conhecimento e graças aos produtos e laboratórios instalados, a gente dissemina para outras empresa que aqui estão”, ressalta Matias.

Além de destacar o laboratório, o CEO da Scheneider Eletric no Brasil também quer inovar com sustentabilidade. “As indústrias estão procurando inovar e a inovação passa por tecnologia e, principalmente, pelo tema da indústria 4.0. A Schneider é reconhecida como a empresa mais sustentável do mundo e do Brasil, e se estamos falando sobre isso, temos que sentir verdadeiramente o que temos que proteger. Sustentabilidade não é parte do negócio, é nosso propósito, é o que nos atrai estar aqui”, explica.

Laboratório de inovação Fablab Powered by EcoStruxure (Divulgação)

Busca por qualidade

Com três anos de parceria entre Schneider e INDT, o diretor-executivo do Instituto, Geraldo Feitoza, destaca que o laboratório FabLab tem feito a diferença com resultados voltados para a conquista de tecnologia de ponta, além da capacitação profissional. “Esse trabalho feito em conjunto é algo que não é somente voltado para o INDT. Não focamos apenas no desenvolvimento da região, mas, principalmente, na qualidade de vida das pessoas. Essa parceria busca projetos que tragam qualidade de vida para as pessoas, este é nosso legado”, comenta o diretor.

O diretor ressalta ainda a chegada da indústria 4.0 aliada à necessidade de reciclar conhecimentos e conceitos em relação à manufatura avançada. “A necessidade de capacitação é de todos nós, e o Fablab tem por função capacitar pessoas e trazê-las de fato para entenderem o que é manufatura 4.0. Há ainda um grande desconhecimento de como isso acontece dentro de uma empresa, por isso o laboratório tem destaque, pois ele traz isso. Agregamos tecnologias fundamentais para garantir uma competitividade futura, um processo demorado, mas enriquecedor para nossa região”, celebra Feitoza.

O diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico de Manaus (INDT), Geraldo Feitoza (Divulgação)

Cadeias produtivas

O diretor técnico-científico do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Emiliano Ramalho, também esteve no encontro. O Instituto, que desenvolve atividades por meio de programas de pesquisa, manejo de recursos naturais e atividade social, principalmente na região do Médio Solimões, no Amazonas, tem mais de 20 de anos atuação e adere à aplicação da ação de ciência, tecnologia e inovação em suas estratégias.

Na leitura de Emiliano, a parceria contribui nas cadeias produtivas que vem sido desenvolvidas em Mamirauá. Neste momento, segundo ele, é discutida a tecnologia para rastreamento de produtos da biodiversidade. “Hoje temos manejo de pirarucu, jacarés, peixes ornamentais e iniciamos as tratativas aqui justamente para permitir tecnologias de monitoramento das nossas cadeias produtivas fundamentais para garantir a sustentabilidade da cadeia”, explica o diretor-científico.

Ainda de acordo com o diretor, a oportunidade de interação com empresas globais, que apresentem interesse em sustentabilidade e tecnologia na região amazônica, é fundamental para toda a população. “Esse elo entre instituições do interior, que trabalham diretamente com a comunidade, e as que são da capital e têm essa conexão com o Polo Industrial de Manaus, e as empresas globais têm potencialidade de mudar positivamente um cenário”, finaliza Emiliano.