22 de abril de 2024

22:04

Davi Vittorazzi – Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) – O Governo de Mato Grosso definiu os prazos ampliados para o período proibitivo de uso do fogo em 2024 no Estado. Segundo o Executivo, a medida levou em consideração as mudanças climáticas previstas para este ano.

Nos biomas Amazônia e Cerrado, o uso do fogo proibido será entre 1º de julho a 30 de novembro. Enquanto no Pantanal, é mais extenso, começando em 1º de julho e seguindo até 31 de dezembro. A medida foi tomada por meio do decreto nº 827/2024.

A prática de usar fogo é usualmente utilizada no manejo de pastagens por apresentar baixo custo e fácil aplicação. Na zona urbana, o uso de fogo para limpar terrenos, por exemplo, é proibido durante o ano todo.

O documento frisa que as mudanças climáticas, que estão causando estiagem prolongada, altas temperaturas, ondas de calor, umidade relativa do ar baixa e ventos intensos, favorecem os incêndios florestais.

A medida ainda declara estado de emergência ambiental em Mato Grosso, considerando regiões:

• Entre os meses de março a outubro de 2024: nas mesorregiões Nordeste, Norte e Sudeste;
• Entre os meses de abril a novembro de 2024: na mesorregião Sudoeste;
• Entre os meses de maio a dezembro de 2024: no Centro-Sul.

A Sala de Situação Central vai funcionar com ações de monitoramento e resposta rápida aos incêndios florestais e crimes ambientais, entre 1º de julho a 31 de dezembro, conforme o decreto. Ainda é autorizada a contratação de brigadistas para atuar com o Corpo de Bombeiros no combate aos incêndios florestais.

Segundo a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, o plano estadual prevê uma série de ações preventivas e de combate aos incêndios florestais com total rigor. Ela acrescenta que também é necessário o engajamento de toda sociedade para o enfrentamento do período proibitivo.

Cooperação entre Estados

Os governos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima firmaram um acordo de cooperação de defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal, neste mês. A assinatura ocorreu no auditório do Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS).

No termo assinado pelos representantes de cada Estado e do Ministério está prevista a criação de uma resposta e a responsabilização de incêndios florestais, monitoramento da fauna silvestre, investimento em produção sustentável, além de investimento em turismo local.

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Editado por Adrisa De Góes