No Amazonas, instituto estuda eficácia da CoronaVac em crianças e adolescentes

As crianças e adolescentes precisam estar saudáveis e ter a autorização dos responsáveis legais (Istock/Arte Lunetas)

07 de dezembro de 2022

10:12

Priscilla Peixoto – Da Agência Amazônia

MANAUS -O Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborema (IPCCB), da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), situado na Av. Pedro Teixeira, s/n – Dom Pedro, Zona Oeste de Manaus, está em busca de voluntários entre 3 e 17 anos que residam em Manaus para participarem de um estudo focado no desempenho da CoronaVac. O acompanhamento será realizado no período de um ano é voltado aos que ainda não tomaram a primeira dose do imunizante.

De acordo com a pesquisadora co-responsável e médica infectologista, Maria Paula Mourão, para participarem do estudo e acompanhamento, além de não terem tomado a primeira dose da vacina, as crianças e adolescentes precisam estar saudáveis ter a autorização dos responsáveis legais que podem agendar visita pelo número (92) 98601-3752 (WhatsApp) ou ir até a Fundação de Medicina Tropical.

Conforme Maria Paula, além de Manaus, o estudo abrange outras capitais do país e é liderado pelo Instituto Butantan, em São Paulo. “O estudo é nacional, além de Manaus, outras oito cidades brasileiras realizam a pesquisa. No Brasil, o estudo pretende acompanhar cerca de 2 mil participantes. Em Manaus, acompanharemos 200 crianças e adolescentes“, conta a infectologista.

É fundamental que esse grupo populacional seja imunizado adequadamente (Reprodução/ Internet)

Acompanhamento

A co-responsável, explica que após realizar duas doses de vacina pelo estudo, a equipe de pesquisa fará contato telefônico periódico com o responsável legal do participante para verificar o estado de saúde e se essa criança ou adolescente apresentou alguma reação que possa estar relacionada à vacina.

Vale ressaltar que o estudo é aplicado à CoronaVac, vacina do Butantan produzida em parceria com a farmacêutica Sinovac, uma das vacinas aprovadas e disponíveis no Brasil, inclusive para crianças“. reforça a médica que atenta para a importância da vacinação.

A profissional da saúde enfatiza, que é fundamental que esse grupo populacional seja imunizado adequadamente, pois além da proteção individual, a vacinação protege toda a sociedade. “Apesar da Anvisa já ter liberado a vacinação de crianças e adolescentes nessa faixa etária, a imunização desse grupo ainda está lenta no Brasil. As crianças também são afetadas pela doença, que pode levar ao óbito“, ressalta Maria que complementa;

A ciência já provou a eficácia da vacina contra a covid-19, mas sabemos que muitos pais e responsáveis ficam apreensivos. Esse estudo é uma oportunidade para que essas crianças e adolescentes tenham um acompanhamento de longa duração com uma equipe de saúde especializada“, pontua.

O acompanhamento será realizado no período de um ano é voltado aos que ainda não tomaram a primeira dose do imunizante
(Reprodução/ internet)

Baixa procura

A meta de participantes, até o momento, ainda não foi atingida, a equipe conta com a população de Manaus para contribuir com a vacinação de mais crianças e adolescentes e, paralelamente, realizar mais uma pesquisa voltada ao tema.

Até os primeiros 15 dias de novembro deste ano, Manaus registrava 10.484 crianças de 3 a 4 anos vacinadas contra a Covid-19, de acordo com dados são do Vacinômetro da capital. Conforme estimativas do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE) Manaus apresenta em todas mais de 80 mil crianças e, pouco mais de 12% desse grupo recebeu algum imunizante contra o Coronavírus.