Obra infantil, ‘O Sonho de Reciclandra’ educa para um meio ambiente melhor

A obra das escritoras Nely Falcão e Miryam Chaves, 'O Sonho de Reciclandra', foi lançada em São Paulo e em breve o lançamento acontecerá em Manaus (Reprodução/Divulgação)

30 de março de 2023

21:03

Mencius Melo – Da Agência Amazônia

MANAUS – Chega ao mercado editorial brasileiro a obra “O Sonho de Reciclandra” (Independente, 15 pág.), de autoria das escritoras Nely Falcão e Miryam Chaves. O livro foi lançado em São Paulo, durante o Congresso de Gestão Educacional (Geduc) 2023, que começou nesta quarta-feira, 30, no Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista. Em Manaus, a obra será lançada oficialmente no dia 18 de abril, data nacional em comemoração ao Dia do Livro.

Além do lançamento, as autoras doarão 100 exemplares para serem distribuídos gratuitamente em uma escola na Comunidade de Paraisópolis, em São Paulo. Em Manaus, parte das edições será doada para algumas escolas públicas. Em entrevista à REVISTA CENARIUM, a professora Nely Falcão comentou sobre a obra: “A premissa do livro é conscientizar as pessoas. É preciso começar pela base, que são as crianças. Elas, aliás, são as maiores transformadoras da vida dos próprios pais, que buscam ser o exemplo para os filhos”, explicou.

As autoras da obra ‘O Sonho de Reciclandra’ Miryam Chaves (esquerda) e Nely Falcão (direita) (Reprodução/Divulgação)

A escritora deu detalhes do conteúdo da obra. “No livro, falamos sobre a coleta seletiva do lixo, por exemplo, e hoje estamos vendo a cidade sofrendo com alagações, muitas delas causadas pelo lixo jogado nas vias públicas e em locais inapropriados. Tudo isto se volta contra a cidade, contra a população. Portanto, a educação ambiental pode dar muitas respostas para o futuro e para a cidade que queremos viver”, informou.

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Homenagem

Nely Falcão explicou uma das motivações para escrever o livro. “Ele surgiu para fazer uma homenagem a uma de nossas colaboradoras e, hoje, estamos felizes de poder estar trazendo essa história para além de Manaus, porque estamos lançando aqui em São Paulo”, comemorou. Questionada se podem haver desdobramentos para o livro, ela respondeu: “Poderá haver o desmembramento dessa história para outras plataformas e, por que não, também se transformar em uma peça de teatro? A arte, incluindo aí também a literatura, sempre fala mais alto e de uma maneira ímpar”, comentou.

Lúdico, o livro traz conceitos, explicações e dicas para educar as crianças para o respeito com o meio ambiente (Reprodução/Divulgação)

Em São Paulo, para o Geduc 2023, a escritora aproveitou para comentar sobre o momento de lançamento do “O Sonho de Reciclandra” e projetos futuros. “Hoje, também participei do lançamento do livro ‘Narrativas e Memórias de um Fluxo de Amor’, do qual sou uma das coautoras. Foi editado pelo Instituto Educadoras do Brasil (ELA). Tenho muitos outros projetos e espero, em breve, poder voltar aqui com vocês para trazer novidades, mas, no momento, ainda é cedo para contar”, despistou.

A obra

O livro “O Sonho de Reciclandra” foi baseado nas histórias reais e vivências dentro do Colégio Martha Falcão, que tem um trabalho forte na área da educação ambiental. O livro é dedicado às crianças das séries iniciais e busca ensinar, através do exemplo da personagem Reciclandra, a fazerem parte dos “Patrulheiros do Meio Ambiente”, começando por praticar a coleta seletiva do lixo e também saber como é possível transformar alguns objetos descartáveis em brinquedos, enfeites e muitas outras coisas úteis.

A escritora Nely Falcão no lançamento do livro durante o evento Geduc 2023, na capital paulista (Reprodução/Divulgação)

Com tiragem inicial de 1.000 exemplares, “O Sonho de Reciclandra” é uma produção independente do Instituto Nely Falcão (INFS), com apoio cultural da Editora FTD em parceria com o Instituto Educadoras do Brasil (ELA). Indagada se a personagem “Reciclandra” poderia ter um poder mágico para recuperar um espaço natural de Manaus e qual seria ele, Nely Falcão respondeu: “Seriam os espaços que estão retirando o sossego das famílias que perderam suas casas e estão tentando reconstruir suas vidas, em áreas de alagamento”, finalizou.