19 de maio de 2023
13:05
Marcela Leiros – Da Agência Amazônia*
MANAUS – Os Estados do Pará e Amazonas, na Amazônia Legal, tiveram as maiores taxas de informalidade na população ocupada do País, no primeiro trimestre de 2023, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira, 18.
A taxa de informalidade no Brasil foi de 39,0%, sendo que os dois Estados lideraram o ranking. As menores taxas ficaram concentradas nas regiões Sul e Sudeste.
“Quando a gente faz a análise da taxa de informalidade do primeiro trimestre de 2023, a gente estimou, para Brasil, uma taxa de 39%, mas com algumas diferenças importantes regionais. A gente observou que as maiores taxas aconteceram no Pará, 59,6%, e no Amazonas, 57,2%, enquanto as menores taxas ficaram no Distrito Federal, com 30,3%, e Santa Catarina, 26,1%”, explicou a analista da pesquisa Pnad Contínua, Alessandra Brito.
De acordo com o IBGE, para o cálculo de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e trabalhador familiar auxiliar.
Precarização
A economista Denise Kassama pontuou à REVISTA CENARIUM que o aumento da precarização das relações de trabalho, a automatização de processos e serviços, a situação econômica e a própria pandemia contribuíram para o aumento do desemprego e, consequentemente, o aumento da informalidade e do subemprego.
“É natural compreendermos que a urgência na busca de renda leva muitas vezes a aceitar quaisquer condições de trabalho, principalmente trabalhando informalmente”, disse a especialista. “Empregados domésticos e avulsos muitas vezes até preferem a informalidade para não terem descontos no salário”.
Desocupação
Segundo o IBGE, a taxa de desocupação do País – também chamada de desemprego –, no primeiro trimestre de 2023, foi de 8,8%, aumentando 0,9 ponto percentual diante do quarto trimestre de 2022, de 7,9%, e caindo 2,4% frente ao mesmo trimestre de 2022, de 11,1%.
As maiores taxas de desocupação foram da Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%), e as menores, de Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).
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(*) Com informações do IBGE