Parlamentares do AM cotados para a Suframa descartam possibilidade de assumir autarquia

O deputado federal Marcelo Ramos (à esquerda) e o deputado estadual Serafim Corrêa. (Arte: Thiago Alencar)

09 de novembro de 2022

13:11

Mencius Melo – Da Agência Amazônia

MANAUS – A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), órgão que responde pelo maior e único polo industrial do Norte do País, o Polo Industrial de Manaus (PIM), segue em contagem regressiva para definição de sua nova direção. Mas dois dos principais nomes cotados para assumirem o cargo, o economista e deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) e o deputado federal Marcelo Ramos (PSD), descartaram a possibilidade.

Atualmente, o órgão está sob o comando de um militar: general Polcin, que veio na esteira de outro militar, coronel Menezes, afastado da superintendência para concorrer à Prefeitura de Manaus, nas Eleições 2020. Ambos eram de quadros de fora da indústria e comércio ou da aérea técnica administrativa.

Procurados pela reportagem da AGÊNCIA AMAZÔNIA, tanto Serafim Corrêa quanto Marcelo Ramos negaram os rumores de uma possível nomeação para o órgão. Para Corrêa, dirigir a Suframa não faz parte de seus planos e parece “prêmio de consolação”.

Não existe convite algum e mesmo se houvesse não aceitaria porque estou com 75 anos e acredito que já dei minha contribuição. Meus planos estão voltados para a advocacia, assim que deixar o parlamento, além do que assumir a Suframa soaria como ‘prêmio de consolação’ e isso eu não posso aceitar”, adiantou.

Recusa

O deputado federal Marcelo Ramos nega qualquer tratativa sobre o assunto e também afirma que se houver um convite oficial, não vai aceitar. “É claro que quando existe uma mudança de governo, nomes surgem e as sondagens são naturais, mas a Suframa não está nos meus planos e nenhum convite oficial ou extraoficial me foi feito. Caso isso ocorra, já adianto que não aceitarei”, declarou Ramos.

Questionado pela reportagem sobre um convite para ocupar um ministério, Marcelo Ramos alegou que também vai recusar. Ele acrescentou que, assim como Serafim Corrêa, vai se dedicar à iniciativa privada. “Não é meu plano hoje ocupar cargo público. Só se fosse algo muito relevante, mas não conto com isso. Hoje, cuido da minha transição para iniciativa privada”, finalizou.

Eleição

Marcelo Ramos e Serafim Corrêa são considerados políticos experientes e ambos têm origem em partidos de esquerda. Na última eleição, ambos apoiaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o seu terceiro mandato na Presidência da República. Os dois não conseguiram a reeleição para os seus respectivos cargos.

Serafim não logrou êxito para o parlamento estadual e Marcelo Ramos não obteve sucesso para voltar a Câmara dos Deputados, em Brasília. Atualmente, os parlamentares são tidos como nomes de prestígio no próximo governo e suas participações na estrutura do poder não estão descartadas.