Vice-presidente, Geraldo Alckmin assina contrato de gestão do novo CBA em Manaus 

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. (José Cruz/Agência Brasil)

25 de julho de 2023

13:07

Gabriel Abreu e Marcela Leiros – Da Agência Amazônia

MANAUS – O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, assinou nesta terça-feira, 25, o contrato de Gestão do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), com a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea). A solenidade é realizada durante a 310ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), presidida por Alckmin.  

Alckmin chegou em Manaus por volta das 11h e seguiu direto para os dois compromissos. O vice-presidente e ministro ainda participará da inauguração do Distrito de Micro e Pequenas Empresas de Manaus (Dimicro), no Distrito Industrial de Manaus.

Geraldo Alckmin (à esquerda) foi recebido pelo governador do Amazonas, Wilson Lima. (Reprodução/Instagram)

A Fuea foi escolhida por meio de um processo seletivo disputado com outras duas entidades. A assinatura do contrato de gestão foi aprovada pelo Conselho de Administração do CBA, no dia 14 de julho, em decisão unânime. O centro tem como missão fomentar a economia verde na região amazônica, convertendo a biodiversidade em desenvolvimento econômico sustentável. 

Hoje, nós estamos dando um passo importante. Foi feito um chamamento público, venceu a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos, uma importante instituição do estudo aqui ligada à Universidade Estadual do Amazonas, e vamos iniciar uma nova jornada de bons desafios. Centro de Bionegócios, ou seja, a biodiversidade amazônica, gerando emprego, renda, patentes, fazendo pesquisa e desenvolvimento, além dos recursos públicos, podendo trazer investimento privado“, afirmou Geraldo Alckmin.

O ministro lembrou, ainda, que a região amazônica tem, aproximadamente, 28 milhões de habitantes, sendo preciso gerar emprego e renda para essa população, com iniciativas sustentáveis.

O grande desafio é gerar renda e emprego. Nós temos 28 milhões de pessoas na região amazônica e o desafio é criar negócios, por isso, o Centro de Bionegócios. Transformar a biodiversidade em remédio, em cosméticos, em alimento, em inovação, enfim, fazer o avanço do ponto de vista de geração de emprego e renda“, acrescentou.

O governador do Amazonas lembrou que o contrato de gestão do CBA é uma luta antiga, mas espera ver, tão logo, o resultado desse passo inicial. “Esse é um passo inicial e quem trabalha com pesquisa sabe que não acontece do dia pra noite. Mas já é um passo importante e que a gente possa pegar o resultado dessas pesquisas, que a gente possa transforma em resultados práticos e benéficos pra nossa população, pra dar qualidade de vida, e pra que a gente possa usar do que a gente tem de produto na Amazônia pra produzir em grande escala e gerar emprego e renda“, disse ele, lembrando, ainda, que no momento de defender a Amazônia e a Zona Franca de Manaus, o diálogo com o governo federal é imprescindível.

Sabemos que nós enfrentaremos muitas dificuldades ainda em reação a Zona Franca de Manaus, nunca foi diferente ao longo da história desse modelo econômico. Agora, o que é importante nesse processo é a gente ter esse diálogo com o governo federal, e no momento de dificuldade a gente poder sentar a mesa e encontrar uma solução, um caminho de equilíbrio pra que a gente possa ter esse modelo preservado“, acrescentou.

Da esquerda a direita: ministro das Comunicações, Juscelino Filho, o governador do Amazonas, Wilson Lima, e Geraldo Alckmin. (Reprodução/Instagram)
Valorização da Zona Franca

O superintendente da SuframaBosco Saraiva, destacou que a assinatura do contrato vai possibilitar, definitivamente, a vida autônoma para o CBA e mais geração de emprego e renda. “Nós temos as nossas esperanças repousadas justamente que a gestão do CBA possa desenvolver produtos, esses produtos possam gerar indústrias e as indústrias possam gerar empregos para o povo da nossa região“, afirmou.

Quanto ao maior envolvimento do governo federal no modelo econômico, Saraiva pontuou como positivo, pois demonstra a importância da ZFM para a economia do País. “Primeiro, a vinda do vice-presidente para presidir mais uma reunião do CAS é muito importante pra gente, é uma manifestação positiva no sentido de que a Zona Franca é importante pro Brasil, para a economia e para indústria brasileira“, acrescentou.

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Reunião do CAS

Durante a 310ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS) analisou 42 projetos industriais, de serviços e agropecuários com previsão de investimentos da ordem de R$ 727,3 milhões, expectativa de geração de 1.006 novos empregos e faturamento projetado de R$ 4,2 bilhões.

Dos 42 projetos da pauta, 35 são industriais e de serviços, além de sete projetos agropecuários. Entre os destaques estão dois projetos de diversificação da Cal-Comp Indústria e Comércio de Eletrônicos e Informática, da matriz e da filial, ambos para produção de distribuidor de conexões para rede (switch) e roteador digital, com investimentos projetados de R$ 396,5 milhões e expectativa de geração de 216 empregos diretos, somados.