08 de abril de 2024
23:04
Raisa Araújo – Da Agência Cenarium
BELÉM (PA) – Paulo Alexandre Silva Dias, de 29 anos, morto durante confronto após partida entre Remo e Paysandu, no domingo, 7, em Belém, capital do Pará, é a terceira vítima da violência no futebol paraense este ano. Ele foi atingido por um tiro no estacionamento do estádio do Mangueirão.
Em fevereiro, Thiago Aryan Silva, membro da torcida organizada do Remo, foi espancado até a morte no mesmo estádio, depois de um clássico ReXPa. Três dias depois, José Carlos Oliveira da Silva, torcedor do Paysandu, foi encontrado morto a tiros em Ananindeua (a cerca de 20 quilômetros de Belém). Os casos estão sob investigação da Polícia Civil do Pará (PC-PA).
Os jogos do Remo contra o Paysandu, popularmente conhecidos como ReXPa, são considerados um dos maiores clássicos do futebol mundial, com mais de 800 partidas disputadas, até hoje. As cenas de violência se tornaram frequentes nos jogos e, ao longo dos anos, diversas estratégias foram montadas para mitigar como as do último domingo.
Pesar
Nas redes sociais, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), se pronunciou sobre a violência. O chefe do Executivo paraense destacou que o Mangueirão é um “local de celebração do esporte e esporte é vida” e prometeu ações de combate à violência.
O Clube do Remo também emitiu nota repudiando os atos de violência, reafirmando que o futebol é um ambiente de paz e prestou solidariedade à família da vítima. “O ambiente esportivo é um espaço democrátivo, inclusivo, de lazer e entretenimento”, diz trecho da nota.
Prisão
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) informou, nesta segunda-feira, 8, que o autor dos disparos durante o conflito foi identificado como um policial militar da reserva. Segundo a Segup, o homem estava presente no estádio e não está mais em serviço. Até o momento, ele não foi detido, mas a Segup afirmou que medidas foram tomadas para prender e responsabilizar o investigado.