10 de outubro de 2021
16:10
Rômulo D’Castro – Da Cenarium
ALTAMIRA (PA) – Ainda não há números oficiais, mas o Círio de Nazaré, em Belém, no Pará, percorreu, neste domingo, 10, ruas da capital paraense após um ano sem a tradicional festa. Uma pequena multidão, em comparação às edições antes da pandemia, seguiu a imagem da padroeira até a Basílica. A berlinda, um dos principais símbolos da manifestação católica, pelo segundo ano, também não foi usada.
Promesseiros acompanharam a imagem. Muitos descalsos, outros com tijolos na cabeça tiraram o domingo para agradecer à mãe dos paraenses, como Nossa Senhora de Nazaré também é chamada.
Na edição 229, o Círio foi diferente. Para evitar aglomerações, a tradicional procissão não aconteceu, assim como no ano passado. O Círio trouxe, ainda, uma mensagem de esperança a vítimas da covid-19 que, nesta semana, ultrapassou a marca de 600 mil mortos no Brasil.
A imagem de Nazaré sobrevoou de helicóptero hospitais onde pacientes com coronavírus estão internados. Pétalas de flores foram jogadas da aeronave. O bispo auxiliar do Pará, Dom Antônio de Assis Ribeiro, conduziu uma grande missa e rezou pelos doentes e pelas famílias de quem perdeu a batalha para o vírus.
O Círio de Nazaré deste ano foi aberto oficialmente no último dia 5. O tema fez referência à paz e ao combate à pandemia. Depois de dois anos consecutivos com restrições, a diretoria já foca em 2022 e espera que, com a população completamente minimizada até lá, como estipulado pelo governo, o Círio volte a ter a grandeza que sempre marcou o evento como a maior manifestação católica do País.