Entenda o que significa a sigla LGBTQIAPN+

O Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ é celebrado nesta quarta-feira, 28. (Freepik)

28 de junho de 2023

13:06

Marcela Leiros – Da Agência Amazônia

MANAUS – As siglas usadas para se referir ao movimento de diversidade sexual e de gênero têm sido atualizadas ao longo do tempo. Começou como GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) e foi transformada ao longo do tempo, chegando ao LGBTQIAPN+ dos dias atuais. No Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, celebrado nesta quarta-feira, 28, a REVISTA CENARIUM explica o significando de cada letra e como surgiu a comemoração.

A data é uma alusão à “revolta de Stonewall“, em 1969, quando protestos foram desencadeados por uma ação policial truculenta ocorrida no bar Stonewall Inn, em Nova York, nos Estados Unidos. O local era um dos mais conhecidos bares gays e sofria constantemente com batidas policiais (a homossexualidade era considerada crime na cidade).

Fachada do bar Stonewall Inn, em 2008 (Foto: Johannes Jordan/Wikimedia Commons)

Na madrugada do dia 28 de junho, o bar foi invadido pela terceira vez na mesma semana, sob a alegação de que a venda de bebida alcoólica era proibida ali. Funcionários e frequentadores foram presos e agredidos, mas houve reação desta vez: parte da comunidade LGBTQIAPN+ foi às ruas protestar nos arredores do bar, como forma de confrontar a polícia.

Passeata pelos direitos dos gays na Times Square, Nova York, em 1970, poucos meses depois de Stonewall (Foto: Diana Davies/New York Public Library/Divulgação)

As manifestações duraram seis dias, com milhares de pessoas mobilizadas. Da revolta, surgiu a primeira marcha de Orgulho Gay, em 1970. Em 2015, o bar foi declarado monumento histórico da cidade pela Prefeitura de Nova York e, um ano depois, decretado o primeiro monumento nacional aos direitos da comunidade pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

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Entenda o que é significa a sigla LGBTQIAPN+:

Lésbicas: mulheres que sentem atração sexual/romântica por pessoas do mesmo gênero (mulheres/feminino), ou que consideram seus gêneros parecidos.

Gays: homens que sentem atração sexual/romântica por pessoas do mesmo gênero (homens/masculino).

Bissexuais: pessoas que sentem atração sexual/romântica por mais de um gênero.

Transexuais e travestis: o primeiro se refere a pessoas que não se identificam com o gênero atribuído em seu nascimento, isto é, a transexualidade se refere à identidade de gênero oposta ao sexo físico biológico, utilizado tanto para identidades masculinas (transmasculino) quanto femininas (transfeminina). O segundo são pessoas que nasceram com determinado sexo, atribuído culturalmente ao gênero considerado correspondente pela sociedade, mas que passa a se identificar e construir nela mesma o gênero oposto.

Queer – termo americano referente a pessoas que não se identificam com os padrões de heteronormatividade impostos pela sociedade e transitam entre os “gêneros”, sem necessariamente concordar com tais rótulos.

Intersexuais: a intersexualidade está relacionada às características sexuais biológicas, diferente da orientação sexual ou da identidade de gênero. Uma pessoa intersexo pode ser hétero, gay, lésbica, bissexual ou assexual, e pode se identificar como mulher, homem, ambos ou nenhum.

Assexuais: pessoas com ausência total, parcial, condicional ou circunstancial de atração sexual. A assexualidade é um termo “guarda-chuva” que engloba arromânticos, românticos, homoromânticos, heteroromânticos, biromânticos, panromânticos, demissexuais, entre outros.

Pansexuais: pessoas que possuem atração sexual/romântica por pessoas independentemente do sexo ou gênero das mesmas.

Não-Binário: pessoas que não se identificam no padrão binário de gênero. A não-binariedade é um termo “guarda-chuva”, e engloba as identidades e expressões de gênero que fogem ao binarismo, como, por exemplo, agênero, gênero fluido, entre outros.

+: é utilizado para incluir outros grupos e variações de gêneros e sexualidades, já que a sigla está em constante mudança, como, por exemplo, a panssexualidade e a não-binariedade.