10 de fevereiro de 2024
16:02
Adrisa De Góes – Da Agência Cenarium
MANAUS (AM) – Desenhos, pinturas, fotografias, cerâmicas, esculturas, instalações e arte digital vão compor a exposição “Geração 21”, com início na próxima quinta-feira, 15, às 17h, até o dia 15 de abril, no Palacete Provincial, localizado na Praça Heliodoro Balbi, Centro de Manaus. A mostra reúne artistas do Amazonas, os quais possuem a trajetória iniciada no século 21.
O evento é uma produção do coletivo que leva o mesmo nome da exposição, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Faculdade de Artes da Universidade Federal do Amazonas (Faartes/Ufam) e do Coletivo “Gravuristas”, do laboratório de Serigrafia da instituição federal.
De acordo com o curador e também um dos artistas da mostra, o mestrando em Sociedade e Cultura na Amazônia Victor Hugo Reis, a organização coletiva surgiu em 2023, com apenas oito artistas e somente para uma exposição específica. Atualmente, o grupo conta com 38 artistas.
“Nosso objetivo é inserir, cada vez mais, artistas em espaços históricos e culturais do Estado, de modo que também possamos construir nossa história como coletivo. E não somente isso, pretendemos realizar exposições e projetos com a comunidade para apoiar a arte e a cultura no Amazonas”, destaca o artista.
Expressão de sentimentos
Elene Rebelo, cujo nome artístico é Leen, está entre os 38 artistas que vão expor obras no evento. Graduada em Artes Visuais pela Ufam, ela ministra aulas de desenho e pintura em uma escola particular da capital amazonense.
Na exposição Geração 21, a artista vai expor quatro obras, dentre elas, três pinturas em acrílica sobre tela e uma em cerâmica com a técnica Raku, uma orma de cozedura e pós-cozedura de peças em cerâmica que envolve uma posterior “queima” das peças.
“A minha vivência diante das minhas obras é em expressar meus sentimentos e colocar em obras. Todas estão mostrando cada momento que eu passei. Uma, que não tem título, mostra um pouco sobre estar sozinha e não saber para onde ir. Outras duas falam sobre estar sufocada e cheia de sentimentos, tanto que se chamam ‘A sufocada’ e ‘A flor da pele’”, explica a artista.
Elene Rebelo ressalta ainda que os sentimentos que a inspiraram nasceram na pandemia de Covid-19. “Minha obra em cerâmica registra um vazio, onde podemos pensar que o vazio sempre pode ser preenchido, mesmo quando temos muitas cicatrizes”, destaca.