02 de setembro de 2021
17:09
Iury Lima – Da Cenarium
VILHENA (RO) – O desemprego atingiu 457 mil maranhenses no segundo trimestre de 2021, gerando um novo recorde histórico. Este é o pior índice registrado desde 2012, quando havia 438 mil desempregados, atualmente, são 17,2% da população que não encontram emprego.
Essa parcela é inserida no conceito estipulado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera pessoas com 14 anos ou mais aptas ao trabalho, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).
Além disso, o Maranhão também fechou o período analisado, que compreende os meses de abril, maio e junho deste ano, como o Estado da Amazônia Legal com o maior índice de desocupação, de acordo com os dados divulgados na terça-feira, 31.
Desocupação e estabilidade
Em relação ao primeiro trimestre do ano, o aumento do desemprego foi de 0,2%, uma diferença aparentemente inofensiva, mas que na prática, durante maio a setembro, já representa em números absolutos mais de 19 mil pessoas sem oportunidade de garantir o sustento e a renda.
Por outro lado, a PNAD Contínua também mostrou que possuir trabalho não é sinônimo de estabilidade. Isto porque 60,5% dos maranhenses estão na informalidade, acima da média nacional, que é de 40,6%. Nessa categoria, o Estado está empatado com o Pará – outro integrante da Amazônia Legal -, ambos com as maiores taxas do Brasil em relação à informalidade entre a população em desemprego.
Por conta própria
O Maranhão acumulou ainda, no segundo trimestre, mais um título negativo: o Estado com o menor percentual de trabalhadores com carteira assinada em todo o Brasil: 49,2%.
O estudo também reuniu dados sobre a quantidade de pessoas que, por falta de oportunidade, começaram a trabalhar por conta própria e os maiores percentuais foram registrados no Norte e Nordeste do País.
Nesta categoria, o destaque foi para o Amapá, com 37,7% da população empregada. Em seguida, vem o Amazonas, com 36,7% e o Pará, com 35,4%.
Cenário Amazônico
O Maranhão foi também a Unidade Federativa (UF) com 17% em desocupação, índice mais acentuado, superando o Amapá, com taxa de 16,4% e o Acre, com 15,9%. A menor taxa foi a de Mato Grosso, que totalizava 9,9%, em maio, e reduziu quase um ponto percentual (p.p), fechando junho com desocupação de 9,0% da população, mantendo a estabilidade.
Desemprego
Posição | Estado | 1º trimestre/2021 | 2º trimestre/2021 |
1º | Maranhão | 17,0 | 17,2 |
2º | Amapá | 15,4 | 16,4 |
3º | Acre | 16,8 | 15,9 |
4º | Amazonas | 17,5 | 15,6 |
5º | Tocantins | 16,3 | 15,4 |
6º | Roraima | 14,0 | 16,6 |
7º | Pará | 13,7 | 13,3 |
8º | Rondônia | 11,4 | 10,1 |
9º | Mato Grosso | 9,9 | 9,0 |
Apesar do Amazonas aparecer na quarta posição entre os Estados com mais pessoas desocupadas, o índice teve redução de quase dois pontos percentuais (-1,9 p.p) em relação ao trimestre anterior. Já quando se compara os meses de abril, maio e junho de 2021 com seus correspondentes em 2020, Pará e Amapá apresentam alta em suas taxas de desocupação de 4,3 p.p e 5,0 p.p, respectivamente.