Rondônia teve a menor taxa de desemprego do Brasil no 1° trimestre, diz IBGE

Enquanto a situação é estável em Rondônia, o desemprego subiu em 16 unidades da federação entre janeiro e março (Foto: reprodução)

19 de maio de 2023

19:05

Iury Lima – Da Revista Cenarium

VILHENA (RO) – Dados divulgados na quinta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que Rondônia ficou com a menor taxa de desemprego do País no primeiro trimestre de 2023.

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), o índice de desocupação marcou 3,2%, colocando o Estado em posições melhores que Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, por exemplo, que também ficaram entre os menores indicadores. 

Rondônia ficou com a menor taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2023 (Pablo Jacob/Agência O Globo)

Segundo a pesquisa, 61,7% dos trabalhadores de Rondônia ocuparam, durante os primeiros meses de 2023, os três principais segmentos de trabalho no Estado: comércio, setor agropecuário e administração pública. 

O IBGE entrevistou 700 mil rondonienses empregados. A maioria trabalha no setor privado:

  • 64,3% fazem parte do setor privado;
  • 37,3% são trabalhadores por conta própria;
  • 28,1% são funcionários do setor público;
  • 7,7% são empregados domésticos e
  • 3,1% são empregadores

Além de ter ficado com a menor taxa de desemprego, Rondônia se destaca pela maior proporção de pessoas que trabalham por conta própria: quase 40% da população ocupada. O percentual é maior que a média nacional, que é de 25,8% das pessoas que têm trabalho. 

Já o Amazonas, tem 32,5% e o Amapá, 32,3% das pessoas com ocupação por conta própria. Distrito Federal, Tocantins e Mato Grosso do Sul, com 20,7%, 21,3% e 22,3%, respectivamente, têm as menores taxas desse recorte.

No Brasil

Enquanto a situação é estável em Rondônia, o desemprego subiu em 16 Unidades da Federação (UF), entre janeiro e março, e a média nacional aponta para uma alta de 8,8% em todo o Brasil, em comparação com o último trimestre de 2022.

Ainda assim, foi o menor nível para os primeiros três meses do ano, desde 2015, quando a taxa foi de 8%. Já Bahia e Pernambuco registram os maiores percentuais de desocupação, com 14,4% e 14,1%, respectivamente.

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A PNAD considera tanto os dados do mercado de trabalho formal quanto do informal para chegar aos resultados. Desde o início do ano, o desemprego já afetou, pelo menos, 9 milhões de pessoas.

O próprio IBGE pondera que, historicamente, a desocupação tende a aumentar a partir de janeiro, visto que a busca por vagas de emprego é maior nessa época, por conta do término de contratos de trabalho temporários firmados no fim de ano.  

Desocupação cresceu em 16 das 27 unidades da federação e se manteve estável em 11

Bahia, Pernambuco e Amapá tiveram as maiores taxas de desemprego nos primeiros três meses de 2023 (Thiago Alencar/Revista Cenarium)

Situação na Amazônia

O IBGE considera a situação estável em todos os Estados que compreendem o território da Amazônia Legal. Entre as nove unidades da região, Amapá foi o Estado que mais registrou desemprego desde janeiro: 12,2%.

Amazonas e Maranhão ficaram com o segundo e terceiro percentuais mais elevados: 10,5% e 9,9%, respectivamente. Já Rondônia, Mato Grosso e Roraima tiveram os menores. No entanto, o Pará foi o que mais apresentou informalidade. 

Fora do norte brasileiro, o Nordeste foi a região que mais sofreu com a desocupação, que está em 12,2%. O Nordeste tem sete Estados, entre os dez do País com o desemprego mais elevado. Já a região Sul ficou com 5%, o menor indicador da pesquisa.

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