11 de abril de 2023

18:04

Iury Lima – Da Agência Amazônia

VILHENA (RO) – Vídeos do circuito de segurança de um centro de formação de pilotos civis e desportivos, localizado em Porto Velho, capital de Rondônia, mostram momentos de tensão vividos por funcionários de um hangar e passageiros de uma pequena aeronave, no último domingo, 9. Cinco homens encapuzados e armados com metralhadoras, fuzis e pistolas renderam, pelo menos, cinco pessoas e levaram bagagens do avião que havia pousado minutos antes.

As imagens registram desde a chegada dos assaltantes à execução do roubo. Eles obrigam as vítimas a se deitarem no chão, enquanto levam malas e cargas. Na fuga, os criminosos fizeram reféns, incendiaram um carro e abandonaram parte dos objetos roubados.

Questionada pela AGÊNCIA AMAZÔNIA, a Polícia Civil de Rondônia (PC RO), que investiga o caso, não informou o conteúdo das caixas e malas roubadas. Já o site local Rondoniaovivo, diz que a quadrilha levou cerca de 3 quilos de ouro, o equivalente a R$ 1 milhão, e afirma, ainda, que a aeronave decolou do município de Japurá, no interior do Amazonas, ocupada por garimpeiros.

Testemunhas dizem que um grupo de pessoas já aguardava, em um carro, a chegada do pequeno avião. Os vídeos não mostram, mas os criminosos chegaram a atirar como forma de intimidação contra as vítimas. Ninguém ficou ferido. Celulares e pertences pessoais também foram roubados.

Violência e grave ameaça

Depois do roubo, os assaltantes retornaram ao veículo utilizado por eles, levando, pelo menos, dois homens como reféns. Toda a ação durou poucos minutos.

Já durante a fuga, o grupo abandonou parte das bagagens e incendiou a caminhonete empregada no crime. O veículo foi encontrado pela Polícia Militar (PM) nas proximidades de um condomínio da Zona Sul de Porto Velho. Depois disso, os criminosos fugiram pela mata. 

A investigação está, agora, a cargo da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes contra o Patrimônio, da PC RO.

O que diz a polícia

À AGÊNCIA, a Polícia Civil afirmou, nesta terça-feira, 11, que apura “os contornos do crime” e que busca identificar os suspeitos da ação criminosa, “bem como responsabilizá-los na forma da lei”. 

Questionada sobre a procedência do veículo utilizado pelos assaltantes, sobre o conteúdo das cargas roubadas, além da existência de ouro entre as bagagens e procedência do minério, a PC disse que “é prematuro citar detalhes”, porque “as investigações estão em andamento”.

Leia também: Pela terceira vez, PF destrói ponte construída por invasores em Terra Indígena de Rondônia