Em Manaus, influenciadora Isabelly Aurora é presa na segunda fase da ‘Dracma’

A influenciadora Isabelly Aurora. (Reprodução/Instagram)

05 de julho de 2023

12:07

Marcela Leiros – Da Agência Amazônia

MANAUS – A influenciadora Isabelly Aurora foi presa nesta quarta-feira, 5, na segunda fase da “Operação Dracma”, da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), que investiga a venda de rifas ilegais pela internet. A ação policial cumpriu três mandados de prisão preventiva. Isabelly havia sido, até então, apenas indiciada pelo que a polícia está chamando de estelionato digital.

O ex-marido da influenciadora, Paulo Vitor também é um dos presos preventivamente. O terceiro mandado foi cumprido contra o influenciador Lucas da Silva Alves, 24, conhecido como “Lucas Picolé”, que foi preso na primeira fase da operação. Isabelly já foi apreendida em 2018, quando tinha 17 anos, por suspeita de receptar smartphones roubados na capital.

Na primeira fase da Operação Dracma, deflagrada no dia 29 de junho, foram presos Lucas Picolé e Enzo Felipe da Silva Oliveira, 24, conhecido como “Mano Queixo“. Inicialmente, a polícia foi até as residências dos dois cumprir mandados de busca e apreensão, mas, no local, foram encontradas armas e drogas, o que resultou na prisão em flagrante.

Da esquerda a direita: Enzo Felipe, Isabelly Aurora e ‘Lucas Picolé’ (Reprodução)

Os dois permanecem presos em um presídio, em Manaus, respondendo por crimes que envolvem porte de munição e arma ilegal, entorpecentes e adulteração de sinal de identificador de veículo automotivo.

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De acordo com as investigações, os influenciadores utilizavam a rede social Instagram para promover rifas de carros de luxo, dinheiro e celulares. No entanto, foi constatado que eles praticavam “vendas casadas”, cobrando valores baixos, como R$0,50 e R$1. Durante o sorteio, os investigados direcionavam o prêmio para “amigos”, posteriormente recuperando-o, segundo a polícia.

A investigação também apontou que a rede de influenciadores não atuava apenas em Manaus, seguindo com outras pessoas da cidade de São Paulo. Cerca de R$ 5 milhões foram arrecadados durante dois anos da atuação da rede de influenciadores digitais na organização de crimes cibernéticos.

A cunhada de Lucas Picolé, Flávia Ketelen, foi presa na primeira fase da operação, mas liberada após audiência de custódia para responder pelo crime de estelionato em liberdade.